Mesmo com três episódios de permeio tendo outra orientação, desengane-se quem pensa estarmos plenamente conversados sobre o departamento de ação.
Como no lote de defeitos não lhes cabe a esquisitice, munidos de toda a espécie de objetos cortantes, da menina dos olhos do mais renomado ferreiro à garrafa de vodka quebrada, tudo serve aos nossos convidados para causar estrilho pondo ao léu vísceras de outrém, afinal de contas, a imagem de marca dos hack ‘n slash.
Tal qual no país colmeia, brandir ferrões mais respeitinho granjeia.
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Lost Soul Aside (UltiZero Games, China)
PlayStation 4 – Data a confirmar, 2018
Alvoroço grande despertou em julho passado o primeiro vislumbre de Lost Soul Aside, mais concretamente, estupefação por os valores de produção e mestria técnica contidos no vídeo de apresentação não se inscreverem no labor de um grande estúdio, mas sim, de uma só alminha, Bing Yang.
Tiro e queda, muito não tardando para a divisão de entretenimento interativo da Sony juntar a obra ao China Hero Project, antecipando-o como exclusivo temporário PlayStation 4. Com os meios fornecidos pelo reajustamento da empreitada à nova realidade deixou o criador condição de lobo solitário na concretização da estória de Kazer e Ventas, dupla de protagonistas/antagonistas que a golpes de espadas fará justiça neste cruzamento de, descrição autoral, Final Fantasy com Ninja Gaiden.
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Mordhau (Triternion, Eslovénia)
PC (Windows) – março, 2018
À semelhança de outros companheiros de episódio, não se caracteriza o título liderado por Marko Grgurovič como hack ‘n slash puro, espécie rara no mercado, mas antes como título multijogador de combate medieval até sessenta e quatro participantes onde, justificado pelo enquadramento histórico, a simulação de espadeirada é quem mais ordena.
Oferecendo situações de época como cerco a castelos envolvendo catapultas, invasões por escadote, ataque a cavalo com lança ou recurso ao longo alcance em arco ou besta, recai nas mecânicas de jogo que suportam a utilização de arsenal de curto alcance a jóia da coroa através do realismo permitido por tecnologia de colisão em tempo real e cerca de duzentos e quarenta possíveis ângulos de ataque.
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Redeemer (Sobaka Studio, Rússia)
PC (Windows) – Primavera, 2017
Depois de trabalhinhos nada dignificantes a soldo de poderosa corporação ligada à indústria de armamento, fugiu Vasily da sentença de morte por aquela decretada refugiando-se num mosteiro nas profundezas de uma montanha. Com o paradeiro descoberto após vinte anos, oferecer-se-á o cerco ao protagonista como possibilidade de redenção para com os crimes do passado.
Para o almejar não foi em modas o quinteto russo que forma o estúdio Sobaka, desenhando-lhe percurso de extrema violência em vista aérea onde abastados nunca suficientes parecem os meios para derrear subalternos da organização, seja no trabalhado sistema de combate corpo-a-corpo, recurso a armas brancas, de fogo, ação furtiva, ou mesmo, tirando partido do ambiente circundante para infligir dor.
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Riptale (Super God, Finlândia)
PC (Windows, OS X, Linux) – Primavera, 2017
Provando que, por vezes, basta adicionar especiaria exótica ao Bife com Ovo a Cavalo para ter outro palato, eleva o estúdio de Juha Keränen as plataformas de ação bidimensionais a um novo patamar, desenhado com o sangue dos oponentes que o protagonista decepa em golpes solitários.
Contrariando a perceção de mecânica de combate despoletada no metralhar de botões, o estilo da rubra coreografia que o herói acalentará até dizimar os dragões antigos, e alminhas lhe prestando culto, que o mundo colocam em perigo baseia-se na estratégia e ajustado tempo de ataque com que é feita a gestão das gemas arcanas que suportam o sistema de encadeamento de golpes, podendo aquelas em loja ser adquiridas e alinhadas segundo o impacto que o jogador pretenda.
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Fabular: Once Upon a Spacetime (Spiritus Games, Hungria) V/
PC (Windows), PlayStation 4, Xbox One – setembro, 2017
Alguns títulos precisam de ser marretados nos episódios sob pena de em nenhum terem lugar, tal sendo o caso da inusitada mistura do trio Milan Batowski (direção de projeto, desenho de jogo), Peter Meszlenyi (direção artística) e Zed Milner (programação). Respondendo pelo nome Fabular, define-se como role playing game de ação de elementos roguelike, pela aleatória geração de localizações e incessante desenho do mapa de jogo, ambientado num universo retrofuturista cruzando ficção científica com imaginário medievo, o que permite coexistência de canhões de energia, propulsores, maços ou espadas, todavia, como se a amálgama suficiente não fora, conterá centenas de eventos textuais randomizados tendo por base fábulas como “O Gato das Botas” ou “O Pequeno Polegar”.
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GODHOOD (GekidoRising, Canadá) V/
PC (Windows) – Previsão de lançamento não divulgada
Se o próprio criador, Nicholas MacDonald, insiste em qualificar a obra como hack ‘n slash, mesmo, do que se viu, aparentando mais a beat ‘em up, quem somos nós para o contrariar. Seja como for, não deixará GODHOOD de se assumir como rara abordagem à traulitada através de sistema de encadeamento de golpes baseado em mecânicas de jogo rítmico para contar a estória de um jovem escritor, Riff, que subitamente vê uma de suas personagens de ficção ganhar vida para evitar os trágicos acontecimentos previstos na obra.
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Paint the Town Red (South East Games, Austrália) V/
PC (Windows, OS X, Linux) – Segundo trimestre, 2017
Levando Matthew Carr (programação) e Shane Carr (arte, desenho de som) o humor e ação na primeira pessoa de Probably Archery (2014) a novo patamar de insanidade, tiveram o cuidado de explicitá-lo na intitulação de Paint the Town Red. Em acesso antecipado desde outubro de 2015, caracteriza-se como experiência sandbox orgulhosamente anárquica cruzando períodos históricos distintos onde o objetivo passa por semear discórdia nas várias localizações despachando as alminhas aí encontradas com recurso a literalmente todos os intermediários presentes no cenário, que não atarraxados ao solo, capazes de infligir contundência.
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Phantom Trigger (Bread Team, Ucrânia) V/
PC (Windows) – Data a confirmar, 2017
Contando com o apoio da cada vez mais influente editora tinyBuild Games, regressa o trio criador de Divide By Sheep (2015), Victor Solodilov, Novikov Denis e Irina Lukyanchuk, na companhia de Stan e sua jornada por mundos tão surreais quão retorcidos dando azo à ação desenfreada de um sistema de combate centrado em desbloquear combinações de ataque e potenciar a contundência do arsenal. Os níveis modelados artesanalmente tendo por referência masmorras típicas dos roguelike dar-se-ão ao desenvolvimento de narrativa com diversas ramificações, incluindo variantes de epílogo.
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SkyKeepers (Sword Twin Studios, Canadá) V/
PC (Windows), PlayStation 4, Xbox One – 31 de março, 2017
Se engulhos de última hora não aparecerem, terá a rendinha de Brant Stutheit (direção de projeto, desenho de jogo), Max Hwang (arte), Calvin Xie (programação) e Shad Miller (escrita) chegado ao mercado na passada sexta-feira, trinta e um de março. Seguindo a jornada de Tangui, chefe de aldeia em desesperada tentativa de reconstruir o povoado com ajuda dos materiais dispensados pelos inimigos soçobrados, ofertar-se-lhe-á um sistema de combate hack ‘n slash, sob estrutura de plataformas de ação bidimensionais inspiradas na cultura austronésia, onde essencial será o encadeamento de ataques combinando golpes térreos e aéreos com recurso a teleporte.
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Warcube (Haven Made, Estados Unidos da América) V/
PC (Windows) – Primeiro trimestre, 2018
Disponível em acesso antecipado desde o primeiro mês do ano, pertence Warcube a um coletivo com processos de trabalho raros, se bem que, não inauditos a quem a rubrica acompanha. Cooperando mutuamente, dedica-se cada membro do trio Craig Zacok, Rob Kopp e John Christensen ao seu próprio título, com o destes dois últimos ainda por anunciar. Reduzindo personagens à condição de cubos de comportamento físico realista, caracteriza-se o bordado de arranque do estúdio como título de ação comicamente desbragado onde, entre outras heterodoxias, combinações ofensivas letais se acompanham de câmara lenta e o herói é projetado por catapultas para alcançar sítios interditos.
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Veremos na semana próxima o que nos tempos atuais restou da linhagem dos Final Fight e Streets of Rage através da visibilidade conferida ao beat ‘em up. Até lá, bons jogos.